VIRTUALMENTE DOENTE
( revisto em 31:05:2007)
Olá, Oi...
entrei neste mundo no fim do ano de 2004, no dia que antecedeu o TSUNAMI - maremoto -na Ásia...
Um mês perdido neste labirinto, permitiu-me perceber quase tudo.
Em 11 de junho de 2005, escrevi " Virtualmente doente " - um poema que postei no Cantinho da Poesia... e viria a comover muita gente...
VIRTUALMENTE DOENTE
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Eu sei que estou mesmo doente
e, talvez, muito provavelmente
já em fase bem terminal
pois sinto que brevelmente
deixarei este mundo virtual,
onde tudo parace tão natural...
já em fase bem terminal
pois sinto que brevelmente
deixarei este mundo virtual,
onde tudo parace tão natural...
Fiquei doente com tanta mentira
e enojado por tanto egoísmo
de gente vulgar que só me atira
com despudorado e sórdido cinísmo
que nada de bom me inspira
e só exacerba o meu ateísmo...
Dementes ficam os meus pensamentos
tão ingénuos, puros e verdadeiros,
devorados como meros condimentos
por corações vís e trapaceiros,
esvaziados dos nobres sentimentos
que no meu coração são os primeiros
Estarei ainda e seguramente viciado
por tanta musa deste mundo virtual
para quem o cibernético pecado
se tornou demasiado banal
no ecrã deste imundo depravado,
onde impera o instinto animal
Me sinto sobretudo doente
porque jamais poderei realizar
o sonho de tão nobre gente
com quem realmente pude passar
dias e noites em confissão ardente
para a minha febre de amor saciar
Ah! Se eu pudesse acabar
de vez com toda esta hipocrisia
para realmente poder saciar
a intrínseca e ululante endofasia
que me corrói o verbo amar
e me deixa a alma em letargia
Impaciente fica meu coração
nas horas que passa contigo
a dar brado a esta paixão
que de delícia vira castigo
quando não estás em conexão
com este louco e pobre mendigo
Terá esta vida ainda sentido
vivida neste mundo virtual,
que de verdade anda tão despido
e onde o fingimento é vital,
para que se mantenha apetecido
e ântro de um despudorado bacanal?
E porque estou mesmo doente
deixarei este poema inacabado
esperando que mais adiante
alguém lhe venha dar brado,
se comigo seguir em frente,
para não me sentir tão mal-amado
LMP, LUXEMBURGO - 2005
Lud MacMartinson
O poema foi revisto revisto em 31:05:2007
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