Et si tu n'éxistais pas - Joe Dassin

Lover Why

sábado, 20 de outubro de 2007

Vulcão adormecido



VULCÃO ADORMECIDO


Durante meses que te julguei fria e distante,
lá bem longe, a anos luz do meu mundo,
me julgando indigno de ti e muito diferente,
pensei afastar-me e quedar-me gemebundo !


Tantas vezes quis apagar-te da memória,
onde jazem os sonhos que tiveram medo
de se assumir e de ser realmente história
de um coração que te amava em segredo !


Um dia, o véu se rasgando, pude descobrir
como sofri e andei amargurado sem razão !
Agora, que uma mulher sublime vi sorrir,
percebi que nela adormecido vive um vulcão !


Quanta sedução e quantos desejos contidos
por detrás da gélida e indómita serenidade,
e quantos sonhos e devaneios proibidos,
à espera de um beijo para serem realidade !


Agora, que no teu olhar ousei me perder,
vem me abraçar do jeito que quiseres
e jamais tenhas receio de fazer sofrer
quem te quer a mais feliz das mulheres !


Muito mais eu teria para te dizer e revelar,
mas prefiro guardar dentro do meu peito
tudo o que contigo só poderei experimentar
quando a tua lava em mim fizer o seu leito !


Lud MacMartinson - LMP - Luxemburgo, 2007



Um olhar vítreo inspirou-te a " sexualidade cósmica ", mas durante meses o meu temperamento de fogo não teve a coragem de perturbar a tua serenidade, porque de plácida, me pareceu gélida... Enganei-me, porque, por detrás dessa muralha invisível, se esconde um Vulcão adormecido... que um dia entrará em erupção e expulsará das suas entranhas a lava incadescente... do prazer.
Nesse dia, serás realmente Mulher !
Bem-aventurado Homem que pressentir a eminência de tal explosão !

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Renaissance



RENAISSANCE
____________


Je me sens renaître pour l’amour
car la folie est de retour
la passion m’a joué un sale tour:
j’adore quand il me fait la cour

Ça fait longtemps que mon cœur
n’arrivait jamais à l’heure
et aimait se faire de la peur
pour sombrer dans le malheur

Je voudrais aimer comme avant
et voler comme le cerf-volant
qui émerveille petit l’enfant
qui le retient par la main

J’aimerais qu’il vienne à la maison
et, avec moi, il découvre la passion
qui nous fait perdre la raison
quand les cœurs battent à l’unisson

Je rêve de lui voler une bise
et de devenir sa gourmandise
pour qu’il fasse des bêtises
et ose me prendre à sa guise

Je veux en finir avec la souffrance
et déchirer mon allégeance,
J’en ai marre de cette patience
où se morfond ma renaissance


Lud MacMartinson
LMP -Luxembourg



sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Saudade: o eterno retorno...





Saudade: o eterno retorno !


Afinal a vida não passa de uma saudade sempre igual e sem sentido, uma saudade eternamente certa, infinitivamente concreta, sinceramente indefinida, fatalmente saudade.

Saudade!
Saudade, o sentimento descontente que se perde em divagações penosas e plangentes, a longitude de um adeus que se ganha em cada abraço que não volta...

Saudade, a quimera degradante que se inventa em cada luar de Primavera, um penar ultrajante que se sente quando o amor se acaba...

Saudade!
Saudade, um fingimento incoêrente que se desenha em cada lágrima de dor, uma felicidade aparente que se esvai em cada espera sem revolta...
Saudade!
Saudade, uma legenda chocante que se vê em cada olhar perdido por amor, um pensamento irreverente que se conquista em cada beijo sem sabor...
Saudade, um grito lancinante que não se dá na hora do adeus...

Por favor, ajuda-me...
Oh, compreendi!
Lembraste-te do nosso adeus, não foi?
Cobre-me o olhar com a tua madeixa...
Isso, assim esconderei e abafarei melhor a minha queixa... para que o mar não a afogue e ma devolva com a maré, sempre que perder a minha fé...

Ah, como sinto saudade do último Verão!
Mas o teres que ir e dizer adeus, o teres que partir e me deixar só com os meus tormentos foi muito triste. Veio a saudade e ficou.

Depois, escrevi cartas de amor... artificiais, comprei sorrisos... artificiais, tentei novas aventuras... artificiais, percorri corpos sem fronteiras... mas de todas as maneiras banais, frigidamente cruciais, fatalmente artificiais, dei beijos mil, inventei o sol do brasil..., mas no fim fiquei muito triste, olhei para trás e chorei de solta porque encontrei a saudade à solta para me devorar o coração e me lançar no meu próprio fogo...
Sim, meu amor, sem ti tudo é artificial!
O aroma das flores, os dias, elas... tudo, tudo passou e só ficou uma réstia de esperança e esta saudade à espera do teu retorno...
E o Verão voltou!
Depois vieste tu para dissipar a mágoa que tinha na alma... Surgiste serena, divina e calma...

Eu sei que não mereço o teu perdão...
Por favor, deixa-me, larga-me, atira-me logo para as teras do além para que se faça justiça.
Mas... por onde anda a justiça, essa chama que se atiça, que não a vejo nos teus olhos? Porue não fazes justiça?

Larga-me, larga-me logo e esconde bem a compaixão que lacrimeja no teu olhar... Justiça! Só a justiça me pode acalmar e sufocar o eco dos meus ais, nada mais...
Tudo me angustia, me atormenta e, estranho, me acalanta!
O remorso devora-me o corpo até à raiz, mas, não sei porquê, sinto me feliz...

Por favor, deixa-me adormecer aqui e pensar em ti, depois, se quiseres, podes ir procurar também novos mores que não falhem, que não tropeçem, não caiam e não araiçõem, que não magoem e não perdoem...
Vai!
Vai, vai logo!
Porque me agarras? Porque me beijas?
Vês? O egoísmo não me deixa chorar, agarrar e beijar também, porque a saudade se se infiltrou na retina dos teus olhos e no mais recôndito do meu coração em deserção...
Saudade!
Ó insana liberdade porque me devolves a saudade sempre que tenho medo de perder a minha outra metade...



LUD MacMartinson / LMP, Estoril 1974 ( 19 anos )

Viens... ( venha / vem )



VIENS...

( venha / vem)

Viens
me prendre
me surprendre
et me remplir
d'amour
Viens
m'entendre
me comprendre
et me servir
de secours…

Viens
me caresser
me câliner
et me donner
de la tendresse
Viens
m'aimer
m'allumer
et rassasier
mon ivresse…

Viens
me distraire
me plaire
et satisfaire
mes désirs
Viens
me complaire
me soustraite
le goût amer
des délires

Viens
m'implorer
m'adorer
et me dévorer
tout'entière
Viens
m'encenser
m'enivrer
et m'enlever
la misère

Viens
m'attendre
me défendre
et apprendre
à jouir
Viens
m'embrasser
m'affoler
et m'enivrer
de plaisir

Viens...

LUD
MacMartinson



Tradução

VENHA / VEM...
____________

Venha,
me pegue,
me supreenda
e encha de amor...
Venha,
me escute,
me compreenda
e me ajude...

Venha,
me acaricie,
faça seu dengo
e dê seu carinho...
Venha,
me ame,
me incendeie
e deixe embriagada ( tonta )...

Venha,
me distraia,
me agrade
e satisfaça meus desejos...
Venha gozar comigo
e tire de mim o gosto amargo dos meus devaneios...
Venha,
me implore,
me adore
e devore inteirinha...

Venha,
me perfume,
me embebede
e tire mim a sofreguidão...
Venha me esperar,
me defender
e aprender a gozar ( comigo )...
venha me abraçar,
me enlouquecer
e embriagar de prazer

Venha...

LUD
MacMartinson

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

AmoRosas


AMOROSAS



Olá, hoje, enquanto viajava por este mundo virtual, alguém veio me avisar que estava um lindo dia de Sol para cortar as roseiras...

Apenas peguei na tesoura, lembrei-me das dezenas de rosas por quem me encantei, que vi crescer e com quem passei momentos maravilhosos a conversar, a cheirar e a acariciar as pétalas...

E, inevitavelmente, o paralelelismo surgiu cintilante no meu espírito: lembrei-me dos encontros e desencontros operados neste mundo cibernético...

Obviamente, recordei, ou melhor, o meu coração palpitou mais apressado por quem o ajudou a ir mais além, mesmo fazendo-o sofrer também..., porque até na dor, ele foi simplesmente amor...

Guardei para o fim as roseiras sobre as quais ainda viviam rosas, algumas descoloridas e outras com botões vem fechadinhos, como que a dizer-me que preferiam morrer com os seus segredos…

Falei-lhes, quase lhes pedi perdão por ter que lhes abreviar e cortar o fluxo vital...


E esta endofasia ( diálogo interior... ) jorrou do meu tear pensante e colou-se no derradeiro olhar que lançava às minhas rosas...

Sabeis que ides morrer
Porque continuais
a sorrir para mim,
que sou o vosso algoz,
queridas rosas perfumadas?


Não penses assim,
poeta tolinho
e enxuga lá os ais
que tentas esconder
por dentro, para te fazeres forte,
porque, por ti, nós fomos muito amadas
e vamos descansar
para melhor renascer
e continuarmos a ser
e a merecer o calor,
o carinho e a predilecção
do teu coração...,
mesmo depois da morte…

Obrigado, Rosas, minhas mui queridas e muito amadas, Rosas !!!

Luís


MULHERES AMOROSAS
_________________

Olá...

este ano o meu jardim tem um perfume especial, porque ele está habitado por mulheres encantadoras e amorosas...

Foi há 2 anos que, preso no turbilhão da paixão, descobri o encanto das rosas do meu jardim. Até aquela manhã, em que a olhar para elas decidi escrever as primeiras páginas de um romance que eu julgava testamento, que eu passei a fazer das rosinhas as confidentes das minhas ilusões sentimentais.

Agora, todos os dias, dedico um tempo para as visitar e lhes sorrir, antes de lhes falar, de as acariciar e de as " sentir " como quem cheira o perfume de uma mulher.

Este ano dei às minhas rosas o nome de todas as mulheres que, de um jeito ou de outro, admirei, desejei e amei na vida.

Confesso que nem sempre me recordo de todas, mas aquelas que comigo privam nos labirintos do mundo cibernético são frequentemente objecto dos meus monólogos inebriantes...

Bem hajam rosas do meu jardim e mulheres do mundo que do meu coração fizeram guarida para dar mais cor e perfumar à minha vida...

Beijos como vocês mais adoram.

Luís



UMA ROSA TAMBÉM CHORA
______________________


Uma rosa chora
de alegria
e exala o seu perfume
quando vê o amor sorrir,
mas também chora
de queixume
no dia
em que sente
que ele vai partir...

Uma rosa esmorece
crepita
de dor
e morre
de saudade
quando vê que vida
já não corre
e sente que o amor
se compadece
e não acredita
da felicidade

As rosas do meu jardim
sorriem para mim
quando me vêem chegar
e ouvem a minha voz
lhes falar com doçura
e sentem meu coração
exalar a ternura
que faz bailar
o coração

...

incompleto















Lud MacMartinson - LMP - Luxemburgo

domingo, 7 de outubro de 2007

Perdas e danos do amor... ( esperando )



















PERDAS E DANOS DO AMOR ( ESPERANDO )
____________________________________


Nos teus olhos descortinei a esperança
que no teu coração mora em segredo
e mantém viva esta ingénua criança
que da paixão faz um doce brinquedo

Sabes que um dia descobrirás o Amor
e sentirás o fogo abrasador da loucura
que, te sublimando desencanto e dor,
no teu peito suspira por tanta ternura

Acreditas em ti, mas falta-te Liberdade
para obedecer à voz do teu coração
e ir pelo mundo à procura da Felicidade
que agora pensas que seja mera ilusão

Quando te bater no peito a saudade,
saberás que até o Amor tem uma razão
e uma hora para despertar de verdade
na alma que, vivendo, morre na solidão

Nos labirintos da ilusão me fui perdendo,
no dia em que pensei enfim descobrir
aquele por quem, com outros me perdendo,
mesmo no meu desespero me fazia sorrir

Por ele, eu prossigo a ingória caminhada
pelas veredas destes mundos desumanos,
porque sei que, para ser a mulher amada,
terei que lutar e assumir perdas e danos...












Lud MacMartinson - LMP - Luxemburgo

Lealdade... serracena


LEALDADE


Ai há quanto tempo ando procurando
quem o meu coração consiga abalar,
e, todas as barreiras me derrubando,
em mim a felicidade possa plantar...

Sonho com uma vida apaziguante
para os desejos e as loucuras saciar
nos braços de um carinhoso amante
porque só assim o poderei amar...

Só peço que seja puro e respeitador
para poder me possuir de verdade,
assim, por ele morrerei se preciso for

e definharei nos braços da saudade,
porque só entragarei o meu amor
a quem me jurar intrínseca lealdade...


Lud MacMartison - LMP - Luxemburgo



(*) Este poema foi
inspirado pela senhora dos lobos,
uma transmontana serracena e selvagem.,
no dia em que, se calhar,
chegou a ser a doce miragem
de um poeta
que cruzou ao longo da virtual viagem
que o desejo desperta...

Nunca esqueças, lady,
a nossa vida e a nossa felicidade
ninguém a pode viver por nós...
e não adianta apostar em quem
nunca será ninguém
de verdade...

Lud MacMartinson

Vem me amar... súplica de uma mulher apaixonada...



VEM ME AMAR ...

súplica de uma mulher apaixonada
(*)


Vem, Amor, me dá a tua mão
e corre comigo pela rua
Vem pegar no meu coração
e ver como eu sou só tua

Vem me beijar com devocão,
me lamber da cabeça aos pés,
Vem transar com aquele tesão
que me afoga nas tuas marés

Vem me morder, me possuir
e satisfazer meus caprichos
Vem me curtir sem mentir
e soltar em mim teus bichos...

Vem me amar sem maneiras
e sem o menor complexo,
Vem atravessar as fronteiras
e faz meu corpo perder o nexo

Vem pegar esta fêmea no cio
e afagar a dor da saudade
Vem te afogar no meu rio
e ser meu mar de felicidade

Vem me possuir como quiser,
sem lugar nem hora marcada,
para que o amor possa fazer
de mim a Mulher mais amada

Vem me pega e me desvenda
o corpo e a alma ressequida
Vem e me beija a doce fenda
por onde o amor se faz vida...

Vem...


LUD
MacMartinson



(*)
Poema inspirado
num olhar
que a louca e cega paixão
não soube conquistar
e deixou à deriva...
como flor ressequida
que rola pelo chão...