Et si tu n'éxistais pas - Joe Dassin

Lover Why

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Lobo esfomeado


LOBO ESFOMEADO


Lobo esfomeado me torno,
quando estou a teu lado
e o teu corpo nu adorno
para melhor ficar saciado

Depois, ardendo no forno
do meu próprio pecado,
à luta pela vida retorno
com o vigor regenerado

Lobo solitário me sinto,
quando triste me deixas
só no deserto e, faminto,

me alimento das queixas
carpidas quando minto,
beijando tuas madeixas...

Lud
MacMartinson

Lobito


LOBITO


Trago na minha cabeça um lobito
que me devora o corpo e a alma
quando  sinto o desejo maldito
me faz delirar e perder a calma...

No primeiro instante que o cruzei
seu olhar me abalou as entranhas
e, sem querer, me entregando, amei
a sua irreverência e as suas manhas...

Agora sei que a minha felicidade
ficaria muito insípida e descolorida
se, por acaso, perdesse a amizade

que, dando novo alento a esta vida,
me faz sentir mulher de verdade
para  pelo lobito ser  consumida...

Lud
MacMartinson

domingo, 27 de outubro de 2013

Amante da Vida

AMANTE DA VIDA

Ela sugeriu:
" Amor, prazer, beleza, felicidade, você e amizade "
e a musa me pediu que escrevesse... 


Com você, todos os sonhos são permitidos,
tão intenso em mim sinto fervilhar o amor,
mesmo quando insanos desejos proibidos
das minhas veias se descolam sem pudor !

Por vezes, até chego a perder os sentidos,
tão ígneo me envolve o prazer avassalador
que, prisioneiro do tesão, os meus gemidos
pelo infinito espalha com indómito fragor !

Da nossa vida a felicidade é uma constante,
quando o corpo e alma vivem em harmonia
e para quem consegue ser o dócil amante

da simplicidade e conjuga a divina alquimia
com um amor puro, ingénuo e contagiante,
que do coração afaste a insípida monotonia !


Lud
MacMartinson

Ingénua Musa

INGÉNUA MUSA


De longe e cansada chegou a musa,
sorrindo para esconder a tristeza
que trazia a sua alma tão confusa
que amar lhe causava estranheza !

Paixões viveu e por elas ficou obtusa,
mas a sua vida nunca foi a beleza
e a felicidade mais parece a intrusa
que a saudade enche de incerteza !

Sonhos aos milhares ela alimentou,
muitas vezes sem real convicção,
mesmo quando apaixonada ficou

e, iludindo o seu ingénuo coração,
de corpo e de alma se entregou
a quem não mereceu essa paixão !


Lud
MacMartinson

sábado, 26 de outubro de 2013

Frémito de Amor ( texto)


FRÉMITO DE AMOR



Meu Amor, faz tempo que eu aqui venho
te admirar e te adorar com devoção,
e por vezes nem sei como ainda retenho
desejos tão humanos dentro do coração…

Te sorrindo, eu acaricio os teus cabelos,
como uma mãe que faz a trança à filha,
mas logo surgem sentimentos singelos
me provando como amar é maravilha…

Como um anjo, a tua boca eu procuro
e os meus lábios aos teus seios entrego
para que o frenesi indómito, mas puro,
no teu ventre encontre paz e sossego…

Porém, a febre insana ardente logo vem
e acende toda a virilidade que há em mim,
entre as tuas pernas me deixando refém,
afogado num prazer que nunca vivi assim…

Tresloucado o meu corpo solta um gemido
e no teu olhar o delírio se mareja perplexo,
quando a minha língua beija o fruto proibido
enquanto a tua mão se agarra ao meu sexo…

Prisioneiro do desejo louco largo os freios
e na tua fenda alagada mato a minha sede
de amor insano e, te pegando sem rodeios,
te beijo, te mordo e possuo contra a parede…

Adeus moralidade e recatada compostura,
adeus supiros abafados e desejos contidos,
eternos sejam o tesão, a suprema ditadura
e estes cúmplices momentos por nós vividos…

Ah como é bela a nossa vida, quando se ama,
e quão prazeroso se torna o nosso presente,
sempre que no coração se acende a chama
da paixão que o corpo nos deixa tumescente !

Beijos mil numa rosa eu quero te oferecer,
para você recordar este momento sublime
que, assim empolando o frémito do prazer,
em nós semeou o amor que a alma redime


Lud 
MacMartinson

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Volátil futilidade


VOLÁTIL FUTILIDADE


Começo a ficar cansado e exausto
de correr atrás de você, Mulher,
e tentado me sinto, como Fausto,
de a minha alma ao demo vender !

Já começo a sentir o holocausto
tomar conta de todo o meu ser,
na arte de amar me sei  incauto,
e só  me dá vontade de morrer.

Mulheres volúveis e levianas
saciaram a minha insanidade
e por elas fui escravo submisso,

mas das madrugadas insanas
só me restou  a volátil futilidade,
a frustração e pouco mais que isso...


Lud
MacMartinson

Junto a você...


JUNTO A VOCÊ
( Mulher )

Você chegou bem ao de leve
para os meus desejos despertar,
mas o sangue não se conteve
e a tumescência me fez empolar...

Nos seus olhos se espelhou
todo o amor que o mundo tem
e o coração logo me implorou
que te  amasse como convém...

Queria tanto poder te adorar
como uma mulher merece
e as minhas noites passar

junto de você em doce prece
para na sua retina espelhar
o fogo que agora me aquece...



Lud
MacMartinson

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Por amor, já sofri...


POR AMOR,
JÁ SOFRI!


Por amor,
já sofri
e chorei,
quase morri
de dor
e nem sei
como cheguei
até aqui...

Por amor,
renasci
e lutei
por ti
com fervor,
sonhei
e venci
o adamastor...

Por amor,
me enchi
de coragem
e estou aqui
para sorrir,
a sonhar
e prosseguir
a viagem...

Por amor,
viverei
mil anos,
sofrerei
desenganos
aceitarei
os danos
do desamor...

Por amor,
aqui estou
para te dizer
que vou
esperar a eternidade,
se preciso for,
para ser
a tua metade...

Por amor...

Lud
MacMartinson

O teu olhar

O TEU OLHAR


O teu olhar é um livro aberto,
para esfolhear e perder o juizo,
é um convite a trilhar o deserto
para abrir a porta do paraíso

Nele se estendem a loucura,
o desejo, a dor e a sedução,
e sob um manto de ternura
se esconde o fogo da paixão

que no teu corpo se consome
e das cinzas se ateia sem cessar,
reavivando a sede e a fome

que, a tua alma fazendo delirar,
e, do amor esquecendo o nome,
nele o sacrifício fazem espelhar...


Lud
MacMartinson

Desafio

DESAFIO


Ontem iniciei  uma viagem interestelar,
sem saber onde ela vai me pode levar,
nem as batalhas que terei que travar,
se o meu coração por ela decidir lutar

Nunca muito bem porquê a minha vida
é um sonho lindo e um eterno desafio
que me obriga a vivê-la de fugida
como se o mar quisesse afogar-se no rio

que um dia nele o destino fez desaguar,
muitas vezes sem saber como e porquê
como o amor que na fonte se faz maré

Divino mestre, que puseste no meu olhar
as portas desta alma tão sequiosa,
diz-me se posso morrer por uma Rosa!


Lud
MacMartinson

domingo, 20 de outubro de 2013

Anja condenada

ANJA CONDENADA


Ela diz que é uma anja sem idade,
ao Todo-Poderoso está prometida,
mas que quer fazer-me a vontade
e pelo prazer insano ser consumida !

No paraiso. a celestial Felicidade
é etérea, indelével e sem medida,
porque, quer a Suprema divindade,
que em nada se pareça com a vida !

Anja do Omniponte, aceita o Estado
a que o teu destino te condenou,
porque não existe pior pecado

que o do coração que nunca amou
e, por egoísmo, viveu trancado
para quem o Amor  nele semeou!


Lud  MacMartinson
LMMP - LUXEMBURGO


Das cinzas do Amor !


DAS CINZAS DO AMOR

AMOR, ESPERANÇA,RECOMEÇO, FELICIDADE,
CUMPLICIDADE,INTENSIDADE


Durante anos, eu pensei viver um grande amor,
mas esta vida foi muito madrasta para mim,
escrava de quem não reconheceu o meu valor,
decidi que seria melhor ao casamento pôr  fim !

Agora resta-me a Esperança de um recomeço
que me possa devolver a felicidade perdida,
porque, se corajosa sou, eu sei que mereço
conhecer a verdadeira paixão da minha vida !

De alma abnegada eu cultivarei a cumplicidade
que me fará descobrir a plenitude da mulher
em cujo desejo nunca  atingiu a intensidade,

que o corpo lívido deixa e faz explodir  de prazer,
quando num doce beijo se encerra a afinidade
para que o amor puro das cinzas possa renascer !


Lud
MacMartinson

Desassossego

DESASSOSSEGO


De tanto correr atrás do teu Amor,
eu perdi a noção da minha vida
e me enredei num mundo incolor
que me deixou tal rosa ressequida...

Hoje pelo mundo ando à deriva,
sem saber como me libertar agora
do fantasma que me traz cativa
de uma paixão tão avassaladora.

A alma depenada por vezes sinto
e o desejo do meu corpo eu renego,
porque, te possuindo, não consinto

à liberdade, que tanto me apego,
esse amor por quem vivo faminto
e em mim semeia o desassossego !


Lud
MacMartinson