Debruçado sobre o rio
vi a cachoeira se formar
vi a cachoeira se formar
e a água, num rodopio,
minha mágoa me lavar
Espelhada ficou a alma,
lavada senti a memória,
e naquela tarde calma
nasceu a nossa história
Teus olhos nos meus,
tuas mãos nas minhas,
teus beijos, meu Deus,
até parece que adivinhas
como te desejo e quero
te dar o melhor de mim
e fazer do mundo austero
um inefável paraíso sem fim
Nos meus braços sentirás
a doce ternura do carinho
e do amor puro farás
no meu coração o ninho
Agora que me conheces
e sabes como te adoro
escuta as minhas preces
e, por Deus, te imploro
Me ama ou me desengana
que perdido e só me sinto
porque esta luta desumana
me deixa ainda mais faminto
do amor e da felicidade
que contigo quero viver,
se o fel amargo da saudade
à dor não der de beber
Debruçado sobre o rio
deixei a cachoeira afogar
este pesadelo sombrio
que pairava no meu olhar
Levantei os braços ao Céu
e agarrei-me à Esperança
porque um amor como o meu
não pode morrer criança
Lud MacMartinson - LMP - Luxemburgo
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