VÍCIO DE AMOR
Ó triste vida a minha, que tanto me magoa,
saudade tenho da que tinha e abandonei à toa
Me diziam santinha, ingénua, tímida e boa,
mas diabinha que se preza nunca se apregoa...
saudade tenho da que tinha e abandonei à toa
Me diziam santinha, ingénua, tímida e boa,
mas diabinha que se preza nunca se apregoa...
Agora vivo na solidão, carpindo a minha dor
e chorando o ígneo e indómito fogo da paixão
que um dia o meu coração, afogando de amor,
me fez pensar que eterna seria aquela ilusão...
Perdida nas brumas da solidão , eu me angustio
e no peito cravo as adagas deste meu suplício,
que de surpresa vem e me faz soltar um arrepio
porque só o amor que não se dá é desperdício,
mesmo quando por ele nos afogamos no vazio
ou, apaixonados, sucumbimos ao doce vício !
Lud
MacMartinson
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