EMBRIAGUEZ DE AMOR
Uma taça de vinho com ele sonho beber,
à volta do clarão das chamas da lareira,
para que o meu corpo não dê a perceber
quando o fogo do desejo me deixar arteira !
Num manto de musselina apenas velada,
eu serei a doce Eva que ele sempre quis,
para que, com frenesi possuída e amada,
de mim jorre o néctar que o deixa tão feliz !
Depois do solstício de prazer tão ingente,
que se danem o mundo e os preconteitos,
castradores de sentimentos tão perfeitos
que da alma libertam o amor irreverente,
fonte de felicidade tão pura e sem defeitos
que até a loucura nos embriaga os peitos !
Lud MacMartinson
LMMP
Luxemburgo, 15-08-2019
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