ALQUIMIA POÉTICA
Nem só de
poesia vive o poeta!
Eu diria que ele sobrevive, sobretudo,
dos desejos que não atingem a meta
e do grito sublime que solta mudo !
Eu diria que ele sobrevive, sobretudo,
dos desejos que não atingem a meta
e do grito sublime que solta mudo !
Dependente
submisso é da inspiração
que o
fascina, o seduz e o liberta,
quando inventa
o fogo da paixão
no corpo moribundo
de um asceta !
Quanta energia
à quimera devotada,
quanto
frenesim por tudo e por nada,
só para não
sucumbir à solidão do tédio,
que no seu
coração elege guarida,
porque, se
o amor é o sumo da vida,
taquinar a musa é o seu ónico remédio !
Lud
MacMartinson
LMMP
Luxemburgo, 29-03-2015