PRISIONEIRO CIBERNÉTICO
Anos a fio, eu te procurei neste mundo
cibernético,
me esquecendo de viver e até de amar
realmente,
errático e peregrino masoquista, me senti
patético,
languindo amor e desejo até morrer tumescente
!
Imaginando musas e deusas, me julguei
profético,
além da conta e bem distante do etéreo
Presente !
Divina sempre vi a mulher no devaneio
hermético
e poeta submisso, mas do homem muito
diferente!
Bela e doce, esbelta e sedutora, por ti eu me
iludi
e cheguei a construir castelos de neve e de
marfim,
tentando recuperar esse precioso tempo que
perdi,
tantas vezes sem o idílico romance levar até
ao fim,
porque, me apegando aos amores que eu não
vivi,
me deixei ficar refém e prisioneiro dentro de
mim!
Lud MacMartinson
LMMP - 14-03-2015
3 comentários:
Gostei! : ...Introversão e extroversão, numa página só...num poema só. ... com alguma angústia mas, - beleza!! .
Parabéns, poeta pelo dia da "Poesia", meu abraço fraterno!!
Lud,
algumas vezes eu faço auto-críticas e por isso mesmo estou menos tempo pela internet. Contudo, encontrei pessoas incriveis, e vc é uma mistura de otimo amigo, maravilhoso poeta, homem inteligente e sensivel, um principe para sonhos encantados.
Bjs
Oi amigas...
já dizia o Épico Luís Vaz de Camões em meados do século XVI .
Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"
E ai de quem não muda ! Como diz o povo, até " água parada, cria bicho " !
Bjs
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