VITAL RESILIÊNCIA
Há mais de uma década que ando perdido
pelos ilusórios meandros do mundo virtual,
à procura um amor sublime, mas proibido,
que consuma esta insanidade sentimental !
Por centenas de mulheres eu me encantei
e, me iludindo, em versos imortalizei o amor
que fui sentindo, mas, quando me apaixonei,
quase morri de pânico, tão ingente foi a dor !
Hoje, já admito que esta demanda frenética
possa me levar à loucura esta ilusão patética,
tão vazio me deixa, quando a tumescência
no desespero e na frustração se consome !
No ápice em que a deiscência mata a fome,
no coração nasce a dúvida da vital resiliência !
Lud MacMartinson
LMMP
Luxemburgo, 24-07-2016
Um comentário:
Poema do fanático
Não bebo álcool, não tomo ópio nem éter,
Sou o embriagado de ti e por ti.
Mil dedos me apontam na rua:
Eis o homem que é fanático por uma mulher.
Tua ternura e tua crueldade são iguais diante de mim
Porque eu amo tudo o que vem de ti.
Amo-te na tua miséria e na tua glória
E te amaria mais ainda se sofresses muito mais.
Caíste em fogo na minha vida de rebelado.
Sou insensível ao tempo - porque tu existes.
Eu sou fanático da tua pessoa,
Da tua graça, do teu espírito, do aparelhamento da tua vida.
Eu quisera formar uma unidade contigo
E me extinguir violentamente contigo na febre da minha, da tua, da nossa poesia.
Murilo Mendes
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