Entre a aparência e a essência: bendita, humanidade !!!
Olá,
muitas vezes nós encontramos pessoas maravilhosas - enquanto permanecem virtuais ou inacessíveis. Sem querer começamos a endeusá-las, a fazê-las perfeitas e imaginá-las em tudo sublimes, porque, de uma maneira ou de outra, com palavras ou de outro jeito qualquer, elas nos tocam profundamente e são, por um momento, um dia, um mês ou um ano, o motor do nosso sonho e, de tanto as admirarmos, a nossa razão de ser e de viver.
O encontro virtual pode suscitar paixões, criar ilusões e fomentar revoluções, como outro encontro qualquer, em tudo banal, mas sempe com uma razão de ser, porque nada acontece por acaso.
Aqui, os momentos acontecem e, porque intensos, também se esvaziam, gastam ou consomem muito rapidamente, quando não descobrimos a verdadeira importância do ser que nos encantou um dia e a magia pode virar maldição ou tornar-se um doce amargo de frustração ou decepção.
Isso acontece, sobretudo, quando ficamos pela aparência e não vamos ao fundo da essência e é sinal de que, afinal, procuramos algo ou somos, ainda, alguém superficial e, como tal, o que pensamos descobrir nos outros ou conquistar é ilusório e vão, fútil e inútil, como se tornam os nossos sentimentos e as nossas vidas, se teimarmos em viver num mundo " perfeito " para todas as ocasiões, mesmo quando, por ingenuidade, preferimos uma mentira que iluda a uma verdade que magoa ou nos faz duvidar do que somos e do que queremos.
É como se imaginássemos um mar sem tempestades, apenas com bonança. Não seria mar de água vivificadora, mas um lago de água pútrida, mortal.
Já imaginaram o que seria a nossa vida, se em cada amanhecer, nada houvesse para fazer, porque tudo era perfeito? Onde estaria a nossa razão de ser ou, simplemente de viver e passar por aqui?
Eu prefiro, mil vezes e de longe, alguém real com as suas imperfeições, porque é sinal de que compreenderá as minhas, quando ficar em face delas. Só pode ajudar a levantar, quem já caiu; entende melhor o perdão, quem já o pediu, porque errou; compreende o desespero do silêncio, quem passou meses a gritar no deserto, porque nunca um " homem é tão grande como quando se ajoelha para dar a mão a uma criança ! "
Nunca esqueça, esta é a Terra dos mortais e dos imperfeitos e é por este vale de lágrimas que temos que passar todos os dias da nossa vida.
Por isso, páre, olhe o mundo ao seu redor, escute o coração e vá onde ele o levar, porque ele é a fonte do Amor, essa loucura que vale a pena ser vivida para dar uma razão à vida.
Eu pecador, me confesso e te advirto: se vens aqui procurar um deus, um ser sábio ou perfeito, estás no lugar em tudo errado - na condição e na educação - por isso te peço que não percas o teu tempo comigo e as minhas banalidades.
Um Beijo ou um abraço !
Até...
Luís
Lud MacMartinson - LMP - Luxemburgo
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