MON AUTOBIOGRAPHIE
A minha autobiografia (*)
Lorsque, le 25 avril 1974, mon pays, le Portugal, retrouva la Liberté,
je crus que, après le bac, la fac ne serait qu’une formalité pour moi. En
rêvant, je me voyais l’avocat que j’ai toujours voulu être ! Hélas, le destin…,
aidé par les marxistes, en a décidé autrement, fermant sine die les universités
du pays.
Puis, las d’attendre, en janvier 1976, je me suis décidé à quitter mon
village de Fiolhoso, dans le nord, et à traverser l’Europe pour rendre visite à
mon père, émigré au Grand Duché de Luxembourg, car de l’argent pour la fac j’en
aurais besoin, le jour où les portes de l’université me seraient ouvertes, mais
je ne suis plus rentré chez moi.
Ici, pour survivre et nourrir mes rêves, j’ai été, successivement,
garçon, ouvrier, employé privé, agent immobilier, enseignant et chômeur, avant
de, pour sortir du chômage, m’établir à mon compte. Comme passe-temps j’ai eu
le football, la photo, la vidéo et la radio, tout en cultivant en secret la
grande passion de ma vie : l’écriture !
Après avoir participé à des concours de poésie, tout jeune lycéen, j’ai
écrit mon premier mon premier roman à vingt-deux ans. Puis, les aléas de la vie
m’ont fait oublier les muses, jusqu’au jour où, en m’achetant un ordinateur,
j’ai voulu corriger les manuscrits que j’avais écris et enfouis au plus profond
des tiroirs. Aveuglée par le néant, l’inspiration, que je croyais morte, ou
partie à tout jamais, a quitté soudainement l’hibernation léthargique, où elle
semblait plongée, et, tel un vulcain endormi, fit jaillir de mes neurones ce
bouquin, écrit en dix-neuf jours. Chez moi, sagittaire idéaliste, la vie c’est
comme çà : des défis et des rêves…, toujours sur la lame du rasoir…
Je dédie ce roman à mes enfants, à mon épouse, à mon ami Carlos Filipe
du Timor Oriental, ainsi qu’à celles et à ceux que, par le monde, oeuvrent pour
que les inégalités, la faim, les préjugés et la guerre soient bannis de la face
de la Terre.
Autobiografia
(*)
Em 1976, cansado de esperar pela abertura da faculdade, que os
marxistas haviam trancado a sete chaves dois anos antes, decidi vir ver como o
meu pai, emigrante desde 1969, ganhava os francos com que me pagava os estudos,
na Escola Salesiana do Estoril.
Vim por curiosidade, mas acabei por ficar. E já lá vão 25 anos! ( 2001)
Numa geração realizei muitos sonhos impossíveis, mas conheci também a
dor amarga da Saudade e, de adiamento em conformismo, vi o meu sonho de criança
esvair-se nas brumas da ilusão, antes de cair irremediavelmente nas masmorras
da virtualidade.
Jurista nunca cheguei a ser, mas muito me honram as inúmeras causas que
advoguei, sobretudo as que perdi para defender a minha íntima convicção, neste
meu itinerário pelo Grão Ducado do Luxemburgo.
Aqui, fui, realmente, estudante, operário, fotógrafo, locutor de rádio,
professor ou agente imobiliário, e, muito naturalmente, escritor..., porque
isso comecei a sê-lo nos bancos da escola da minha terra natal, Fiolhoso, uma
aldeia do concelho de Murça, onde nasci há 46 anos.
Este romance dedico-o aos meus filhos e à minha esposa, a musa que
muito me inspira, ao Carlos Filipe, meu Nobel amigo de Timor Lorosae, e a todas
as pessoas que, pelo mundo, fazem rimar quotidianamente a Felicidade com a
Solidariedade e a Fraternidade.
(*) Escrita para a apresentação de " La Force du destin " ,
por ocasião do Salão do Livro, no Festival da Cultura e da Emigração, relaizado
no Hall Victor Hugo, Luxemburgo, de 18 a 21 de Março de 2001.
Foto: Dedicando e oferecendo o romance La Force du destin a Sua Alteza Real HENRI - Grão Duque do Luxemburgo
Lmp - Luxembourg 2001 / LUD MacMartinson
2 comentários:
Parabéns , meu querido amigo!! Só tens à sentir orgulho ..pq esse mérito todo é teu ! Conquistado com coragem, amor , dedicação, obediência e humildade!! Beijo em ti!
Muito bom Parabéns!
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